KMD Copyright ®

Copyright ® KMD Sistema marcial evolutivo

Relação Mestre - Discípulo

Ao analisar os perfis básicos do KMD depara-mo-nos com a tentativa de separar e distinguir cada um deles de modo a facilitar a ligação àquele com que mais nos identificamos. Contudo após algum tempo de prática surge o inevitável, a verdade é que, como tudo, todos os perfis (ou sub-sistemas) estão interligados como um todo. O que realmente distingue o KMD como sistema , é a harmonia e união entre o pólo móvel - físico (sistema de treino de combate adaptado ao tempo e espaço presente) e o pólo fixo - espiritual (doutrina da guerra interior). Ter papel distinto entre atleta/discípulo é tão complicado como o de treinador/mestre. Mas se repararem bem no que foi acima descrito, não há muito como enganar e confundir, pois como o próprio nome indica, pólo móvel é o que se adapta e muda de acordo com o espaço e tempo (ex: se estamos num combate desportivo, se estamos numa situação de conflito físico eminente na rua, após novas descobertas nos esquemas técnico-tácticos e etc), sempre de acordo com o onde e quando. Em contrapartida o pólo fixo é praticado constantemente sem ter em consideração o onde e quando.... "tudo o que contactamos é uma oportunidade para praticar o caminho"...
E que pólo fixo (caminho) é esse?...- é precisamente o caminho praticado pelos discípulos, é o caminho da sabedoria, da ética e da concentração...
E como se pratica esse caminho?... - não há discípulos sem mestres, nem mestres sem discípulos...

Obrigado e boa prática!!!

KMD, o caminho do monge-guerreiro.

O caminho do K.M.D., a nada obriga... A verdade é que todo o "inimigo" é uma criação da nossa própria mente, aqui e agora praticamos para domar sem lutar, o medo que nos impele à retaliação e em contra-medida e contra-partida contemplamos tudo o que a presente fracção de tempo e espaço nos proporciona. Assim sendo, a verdadeira vitória consiste em conquistar a verdadeira união entre o nosso monge e o nosso guerreiro interior. Após várias provas, desenvolvemos a ausência de covardia, ou seja, a capacidade de não ter de elaborar qualquer plano, estratégia, ser simplesmente decente, livre e simples. K.M.D. é um sistema marcial evolutivo, pois não é fruto de uma criação mas sim de uma adaptação e capacidade de evoluir e aceitar a impermanência de todos os aspectos implicados na prática de uma arte marcial e da própria vida. Não há como ser o melhor mas sim como ser melhor a cada momento que passa, e ser melhor é conseguir manter por mais tempo o equilíbrio entre o monge e o guerreiro que habitam dentro de nós.

Centralizar e ética

Centralizar não exige o esforço de concentrar tudo no centro, mas sim a capacidade de libertar tudo o que rodeia o centro. Ao analisarmos o triângulo (símbolo do KMD) deparamo-nos com uma realidade difícil de percepcionar, todos nós possuímos o nosso próprio centro, mas quase sempre somos incapazes de nos centralizar. Podemos manter a concentração num qualquer vértice que mais e melhor nos satisfaz em determinados momentos, mas quanto mais nos concentramos nesse vértice, mais ficamos dependentes das diversas capacidades desenvolvidas no mesmo (sejam elas físicas, emocionais ou mentais). Consequentemente, quanto maior for este esforço por manter esta ligação a determinado vértice, maior é a incapacidade de nos centralizarmos e mais estreita é a visão. Com o decorrer do tempo e o constante canalizar de energia, deixamos de ter contacto com tudo o resto, incluindo o todo, pois tudo está interligado (o mundo exterior com o mundo interior, as emoções com os pensamentos, o corpo com o espírito e etc etc). Este processo levado ao extremo pode criar situações em que a confusão impera de tal maneira que nos esquecemos da ÉTICA correcta e associada ao centro, e deste modo em nome daquilo que nos parece ser nobre agimos em detrimento de tudo,em processos de destruição e auto-destruição com consequencias karmicas muito negativas (por exemplo: quantos crimes já não foram cometidos em nome do amor, amor a alguém e até mesmo a Deus...) A ética acima referida não depende da educação, religião, tendências da sociedade, mas está inextricavelmente unida ao centro único de cada individuo. Existem ferramentas muito capazes e de acesso a todos, que facilitam a capacidade de nos centralizarmos... essas ferramentas são principalmente práticas... e denominam-se de Meditação. Através da prática constante da meditação conseguimos "ver" o que de outro modo não se vê.... a existência do centro. Como já foi anteriormente referido, não basta saber da existência do nosso centro, é preciso ter a capacidade de nos centralizarmos. Por isso mesmo é que a prática tem de ser constante até ser una com todas as células e energia do triângulo. Enquanto não libertamos tudo o resto que não o centro nunca nos conseguiremos centralizar, centralizar não é negar a existência de tudo o resto, muito pelo contrário, é aceitar verdadeiramente mas sem criar elos de dependência e ou independência seja ao que for. Observando bem o triângulo, para nos centralizarmos (esfera), temos de (através da prática meditativa) libertar os três vértices (corpo físico, as emoções, os pensamentos), libertar o vermelho (passado), libertar o preto (incógnitas do futuro) e libertar tudo o que está fora do triângulo (ou seja: todos os outro triângulos e a respectiva pressão e manipulação exercida sobre o nosso triângulo).