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Centralizar e ética

Centralizar não exige o esforço de concentrar tudo no centro, mas sim a capacidade de libertar tudo o que rodeia o centro. Ao analisarmos o triângulo (símbolo do KMD) deparamo-nos com uma realidade difícil de percepcionar, todos nós possuímos o nosso próprio centro, mas quase sempre somos incapazes de nos centralizar. Podemos manter a concentração num qualquer vértice que mais e melhor nos satisfaz em determinados momentos, mas quanto mais nos concentramos nesse vértice, mais ficamos dependentes das diversas capacidades desenvolvidas no mesmo (sejam elas físicas, emocionais ou mentais). Consequentemente, quanto maior for este esforço por manter esta ligação a determinado vértice, maior é a incapacidade de nos centralizarmos e mais estreita é a visão. Com o decorrer do tempo e o constante canalizar de energia, deixamos de ter contacto com tudo o resto, incluindo o todo, pois tudo está interligado (o mundo exterior com o mundo interior, as emoções com os pensamentos, o corpo com o espírito e etc etc). Este processo levado ao extremo pode criar situações em que a confusão impera de tal maneira que nos esquecemos da ÉTICA correcta e associada ao centro, e deste modo em nome daquilo que nos parece ser nobre agimos em detrimento de tudo,em processos de destruição e auto-destruição com consequencias karmicas muito negativas (por exemplo: quantos crimes já não foram cometidos em nome do amor, amor a alguém e até mesmo a Deus...) A ética acima referida não depende da educação, religião, tendências da sociedade, mas está inextricavelmente unida ao centro único de cada individuo. Existem ferramentas muito capazes e de acesso a todos, que facilitam a capacidade de nos centralizarmos... essas ferramentas são principalmente práticas... e denominam-se de Meditação. Através da prática constante da meditação conseguimos "ver" o que de outro modo não se vê.... a existência do centro. Como já foi anteriormente referido, não basta saber da existência do nosso centro, é preciso ter a capacidade de nos centralizarmos. Por isso mesmo é que a prática tem de ser constante até ser una com todas as células e energia do triângulo. Enquanto não libertamos tudo o resto que não o centro nunca nos conseguiremos centralizar, centralizar não é negar a existência de tudo o resto, muito pelo contrário, é aceitar verdadeiramente mas sem criar elos de dependência e ou independência seja ao que for. Observando bem o triângulo, para nos centralizarmos (esfera), temos de (através da prática meditativa) libertar os três vértices (corpo físico, as emoções, os pensamentos), libertar o vermelho (passado), libertar o preto (incógnitas do futuro) e libertar tudo o que está fora do triângulo (ou seja: todos os outro triângulos e a respectiva pressão e manipulação exercida sobre o nosso triângulo).